Transporte coletivo volta a circular após cinco dias de paralisação em Londrina
Motoristas decidiram em assembleia pelo fim do protesto depois que TCGL e Londrisul sinalizarem pela garantia do pagamento do salário em atraso nesta quinta-feira
Após cinco dias de paralisação do transporte coletivo, os ônibus voltaram a circular na manhã desta quarta-feira em Londrina. A retomada aconteceu após assembleias feitas pelo Sinttrol, o sindicato que representa os trabalhadores, em frente às garagens das duas empresas que operam o serviço na cidade.
Na tarde de terça-feira uma reunião foi realizada na sede da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), as duas concessionárias propuseram o pagamento integral dos salários dos motoristas com os encargos trabalhistas nesta quinta-feira (15), além de comprometeram a pagar o vale, que é adiantamento do salário deste mês, no dia 22 de abril.
Pela manhã a proposta dos patrões foi levada a votação em cédula de papel aos trabalhadores.
Na Londrisul foram 153 motoristas a favor e 14 contra. Já na TCGL foram 191 a favor e 57 contra. Com aprovação da maioria, os veículos começaram a circular na sequencia, garantindo 100% da frota de voltas às ruas.
Para o presidente do Sintrrol, José Faleiros, o resultado foi positivo tanto para motoristas quanto para os usuários do sistema.
As empresas deveriam ter pago os salários no 5º dia útil, mas alegaram desequilíbrio econômico no sistema de transporte público. As concessionárias pedem revisão dos valores ou aporte por parte da Prefeitura de Londrina para garantir o serviço e os salários em dia. Segundo Faleiros, há um consenso neste sentido e a CMTU teria se comprometido, segundo ele, a apresentar um estudo.
Na última reunião tanto Sindicato como empresas se comprometeram a desistirem das ações ajuizadas na Justiça do Trabalho, batalha iniciada para tentar pôr fim da greve que foi iniciada na sexta-feira.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina, informou que intermediou a negociação para retomada do serviço e que o prefeito Marcelo Belinati não iria se pronunciar sobre o tema.
Nesta quarta-feira, o presidente da CMTU, Marcelo Cortez, foi procurado e informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá conceder entrevista.