QUINTA, 08/03/2018, 08:24

Tribunal de Justiça concede habeas corpus a empresário preso pelo Gaeco na ZR-3

Vander Mendes Ferreira foi detido preventivamente na semana passada em novas investigações da operação

O desembargador Luis Carlos Xavier, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, revogou a prisão preventiva do empresário Vander Mendes Ferreira, detido no dia 28 de fevereiro durante desdobramentos da Operação ZR-3, ou Zona Residencial 3, do Gaeco. A investigação gira em torno de um suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e pessoas ligadas à iniciativa privada para mudanças pontuais de zoneamento em Londrina. A decisão em caráter liminar saiu depois das 19h desta quarta-feira.

O magistrado questionou o despacho anterior do juiz da 2ª Vara Criminal, Delcio Miranda da Rocha, argumentando que as medidas cautelares, como a colocação da tornozeleira eletrônica, não tivessem sido descumpridas. Com o entendimento do TJ, Ferreira voltará a usar o equipamento de monitoração. No final do mês passado, ele foi detido junto com o servidor da Secretaria Municipal de Obras, Ossamu Kaminakagura, e o também empresário Luiz Guilherme Alho. Inicialmente, todos foram encaminhados para a PEL 1, no conjunto Cafezal, mas Ferreira foi transferido nos últimos dias para a Casa de Custódia, na zona sul.

O recurso foi ingressado pelos advogados André Salvador e Alfeu Brassaroto Júnior, que explicou quais foram os argumentos apresentados ao Tribunal.

 Mesmo solto, o empresário deverá cumprir algumas condições impostas pela Justiça.

Até a semana que vem, a 2ª Vara Criminal deve receber as defesas prévias dos 13 réus da ZR-3. Alfeu Brassaroto detalhou que a versão de Vander Mendes deve ficar pronta até sexta-feira.

O empresário foi denunciado com mais 12 pessoas por corrupção ativa e organização criminosa. A defesa contestou os apontamentos do Ministério Público.

Luiz Guilherme Alho e Ossamu Kaminakagura continuam presos na PEL 1. Segundo os promotores, o possível grupo criminoso era comandado pelos vereadores Mário Takahashi, do PV, e Rony Alves, do PTB. Eles estão afastados da Câmara por determinação judicial desde o começo da operação, em janeiro.

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