Uma nova decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná confirmou a redução da zona de amortecimento da Mata dos Godoy, definida por meio de uma portaria do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em 2016.

O espaço consiste em um perímetro que limita o uso da área para certas atividades. No entanto, alguns empreendimentos conseguiram se instalar na região, com base em decisões judiciais. De acordo com o prefeito Marcelo Belinati, o parecer traz mais segurança jurídica para implantação de projetos em Londrina.

Além disso, ele explica que, com a resolução, o município poderá receber indústrias às margens da PR-445 e considera que a decisão é positiva para o desenvolvimento da cidade.

Belinati fala sobre a possibilidade da criação de um corredor industrial próximo à rodovia, com a instalação de novas companhias na zona sul. O projeto, porém, depende de análises técnicas. Apesar do recuo na área de amortecimento ter sido mantido, o prefeito aponta que a medida não vai comprometer a preservação ambiental.

Segundo Tadeu Felismino, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), a decisão da Justiça deve trazer novos desdobramentos no novo Plano Diretor. As discussões devem repercutir, especialmente, no processo de industrialização da cidade.

Ele afirma que o Instituto tem trabalhado nas quatro principais leis do projeto. São elas, loteamento, perímetro urbano, zoneamento e sistema viário. As discussões devem ser propostas no início do ano que vem e a expectativa é de que estes quatro pontos sejam aprovados em meados de 2022.

Quanto a medida da Justiça que trata sobre a zona de amortecimento da Mata dos Godoy, ainda cabe recurso da decisão.