SEGUNDA, 01/04/2024, 15:38

Tribunal de Justiça suspende processo sobre o piso do Moringão

Impasse é sobre valor de perícia para apurar culpados por estragos.

Quase um ano depois dos problemas do piso do Moringão surgirem, as discussões não avançaram.

A empresa responsável pela instalação pediu uma perícia para atestar de forma técnica a qualidade do piso do ginásio e também saber o que provocou os problemas no piso, dentre eles espaçamentos, distorções, deformações, empenamentos e abaulamentos que comprometem o uso da estrutura.

Porém, a Justiça determinou que todo o processo seja paralisado. O motivo, é o alto valor solicitado por um perito, de mais de 28 mil reais para execução do serviço. A empresa alegou que o custo é excessivo e que os valores de mercado oscilam de 3 a 6 mil reais.

Sendo assim, o Tribunal de Justiça suspendeu o processo e determinou que sejam feitos novos cálculos, por isso, não há prazo para uma decisão. Por outro lado, a prefeitura de Londrina chegou a anunciar que compraria um novo piso antes mesmo do fim do processo judicial. Uma nova licitação foi aberta por entender, que o piso já estava bastante deteriorado, com riscos a atletas e outros usuários, inviabilizando o uso do ginásio, com prejuízos ao esporte londrinense e financeiro, já que a Fundação de Esportes (FEL) aluga o ginásio para eventos.

A nova licitação foi suspensa, obrigando a prefeitura a atender exigências para práticas de esporte de alto nível no novo piso, o secretário de Gestão Pública de Londrina, Fábio Cavazotti, informou que o cancelamento do edital é necessário para um processo de readequação aos padrões da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

O principal ginásio de Londrina tem se tornado palco de shows e outros eventos religiosos e culturais.

A reforma do ginásio teve início em agosto de 2019 e foi entregue em maio de 2023. Ao todo foram investidos mais de R$ 7 milhões na reforma interna que contemplou o piso e área externa do maior espaço cultural e esportivo de Londrina, com 6.623 metros quadrados. Poucas semanas depois de instalado, em 2023, partes estufaram, com as estruturas de madeira se soltando e aparecendo alguns vãos.

A Fundação de Esportes (FEL), culpou a empresa que fez a instalação. Já a empresa disse que a prefeitura não fez a manutenção correta e durante uma limpeza molhou o piso, provocando os estragos.

A prefeitura notificou a empresa para retirar o piso e devolver 1 milhão 169 mil reais, valor investido apenas no piso. Porém, o dinheiro não voltou até agora para os cofres públicos e o impasse segue nas mãos da Justiça.

Por João Gabriel Rodrigues

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