Em janeiro, tivemos as temperaturas máximas mais altas para o mês dos últimos 43 anos, desde que as medições começaram a ser feitas pelo Iapar. A média histórica em janeiro é de 29.4 graus. Mas esse ano chegou a 32.6. Mais de três graus acima. E ainda tivemos o dia mais quente do mês de todos os tempos, 36.4 em 31 de janeiro. 

Nos quatro meses seguintes, o calor continuou. Em fevereiro, a média histórica das máximas é de 29.8 graus. Mas em 2019 ela chegou a 31.6, quase 2 graus acima. Apesar do outono, maio seguiu a mesma tendência. A média histórica, de 24.4 graus para o mês foi superada em mais de 2 graus.

A meteorologista do IAPAR, Heverly Moraes, diz que 2 ou 3 graus superiores na média fazem muita diferença. A meteorologista cita ainda um estudo feito pelo Instituto que revela aumentos graduais das temperaturas médias nos últimos 10 anos, mas, segundo ela, 2019 vem batendo todos os recordes.

A explicação, segundo Heverly Moraes, está na redução da quantidade de chuvas, o que deve ocorrer também em junho. Agora por conta de um bloqueio atmosférico que impede a chegada das frentes frias, e também da chuva, e que acaba sendo responsável por reduzir as temperaturas médias.

Nos 13 primeiros dias de junho, a temperatura máxima média chegou a 24.3, enquanto a histórica para o mês é de 23 graus. Segundo Heverly Moraes, por enquanto, não há previsão de chuva até o dia 27.