Valor de alimentos e bebidas, em Londrina, cresceu pouco mais de 14% em 2022
Apesar disso, variação nos preços é a menor entre as seis cidades paranaenses que foram consultadas pela pesquisa do Ipardes.
O levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) aponta para uma pequena queda no valor de alimentos, no mês de dezembro. Os dados são do informe mensal divulgado pelo órgão.
O balanço é feito a partir da análise de 35 itens e, segundo o relatório, o estado registrou uma redução de 0,66%. No mês anterior, a variação havia apresentado um crescimento de 1,29%.
O coordenador do Núcleo de Pesquisas Periódicas e Editoração do Ipardes Marcelo Antônio avalia que este movimento de leve recuo nos preços está relacionado a novas safras, entre elas de batata e cebola, como também ao aumento da produção de leite.
De acordo com a pesquisa, os produtos que tiveram maior elevação nos preços, em todo o Paraná, foram o pernil suíno, com alta de 14,43%, a maçã, que registrou um aumento de 11,11%, o feijão preto, com acréscimo de 8,37%, e o feijão carioca, que ficou 7,87% mais caro.
Já os itens que apresentaram quedas mais expressivas foram a banana-caturra, com redução de 23,65%, a batata-inglesa, que teve um recuo de 9,61% no valor, o peito de frango, com diminuição de 6,69% e o leite integral, com queda no preço na ordem de 5,69%.
Ao todo, o Ipardes faz essa consulta de preços em seis cidades paranaenses. São elas, Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel. A média estadual para o índice, no acumulado de 2022, ficou em 15,08%.
Na avaliação de Antônio, este resultado tem ligação com as condições climáticas no estado, além dos preços dos fertilizantes, que foram impactados pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Em Londrina, a variação mensal do Índice de Preços Regional (IPR) ficou em 0,28%, em dezembro. No entanto, no acumulado do ano, o município registrou uma alta de 14,19%, nos preços, segundo o indicador. Este é o menor percentual entre as cidades pesquisadas, como conta o coordenador.
O levantamento do Instituto aponta ainda que Maringá teve o indicador mais elevado, com 16,27%. Depois, vem a capital Curitiba, com 15,36% e o município de Cascavel, com 15,07%.