O promotor de justiça dos Direitos Constitucionais, Paulo Tavares, entrou com uma ação contra o vereador eleito de Londrina, Filipe Barros, do PRB, por entender que o futuro parlamentar praticou intolerância religiosa e incitou o ódio contra religiões africanas ao publicar em setembro no Facebook um vídeo em que chamou de “macumba” uma apresentação da Semana da Pátria feita para estudantes da rede municipal.

O autor do vídeo também foi denunciado. De acordo com o promotor, a dupla utilizou o termo de maneira pejorativa.

Barros, por sua vez, rebateu a acusação do Ministério Público e ainda alegou que é alvo de “perseguição político-partidária”.

Ele já havia sido investigado na Justiça Eleitoral por compra de votos, mas, conforme o futuro vereador, as denúncias foram arquivadas.

A suspeita de intolerância religiosa não impediu Barros de ser diplomado para o cargo na sexta-feira (16).

Segundo o promotor, caso a Justiça acolha a ação, o parlamentar eleito pode ser condenado a até cinco anos de prisão.

Além do vereador, Paulo Tavares denunciou à Justiça nos últimos dias uma professora acusada de racismo contra uma estudante do curso de técnico em enfermagem e ainda dois pastores evangélicos de Londrina que colocaram um cartaz na igreja que lideram com a frase “guerra contra a macumba”.