SEGUNDA, 31/10/2016, 19:20

Vereador quer regulamentar Uber em Londrina; taxistas protestam contra a medida

Rony Alves fala até mesmo em taxar o serviço na cidade. Já os taxistas alegam que a empresa que gerencia o aplicativo não tem real interesse em regulamentar a iniciativa.

Em atividade em Londrina desde agosto, o aplicativo de caronas pagas Uber pode ser regulamentado na cidade. A proposta partiu do vereador Rony Alves, do PTB, que tem se reunido com motoristas do serviço para debater o tema. O parlamentar argumenta que a medida tenta adequar o município a uma lei federal. Alves falou que se inspira em normas semelhantes de Curitiba e São Paulo – na capital paulista, a iniciativa é regulamentada desde julho. Perguntado se serão cobradas taxas dos motoristas do Uber, o vereador disse que, caso o projeto seja aprovado, isso irá acontecer “com toda certeza”.

Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Taxistas de Londrina, Antônio Pereira da Silva, apontou que, antes de o Uber começar a operar na cidade, a entidade chegou a propor uma parceria com a empresa, que, segundo Silva, foi recusada por representantes da companhia.

A ideia do vereador Rony Alves já motivou protesto em Londrina. Dezenas de taxistas fizeram um “buzinaço” nessa segunda-feira (31) em vias da área central. O taxista Wesley Corrêa participou da manifestação e declarou que não acredita que o aplicativo irá se sujeitar a taxas municipais.

O parlamentar também marcou uma reunião com o delegado chefe da Polícia Civil em Londrina para que sejam investigadas ameaças feitas principalmente por WhatsApp contra motoristas do Uber.

O presidente do Sindicato dos Taxistas rebateu a hipótese de os áudios terem partido dos próprios profissionais. Segundo Antônio Pereira da Silva, os taxistas foram orientados a não brigar com condutores ligados ao Uber. Ao mesmo tempo, ele afirmou que a categoria “não tem sangue de barata” e pode reagir se for provocada.

Enquanto isso, taxistas como Wesley Corrêa apostam em um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que pretende proibir de vez serviços como o Uber. Ainda conforme Corrêa, a categoria tem cobrado ações de fiscalização por parte da prefeitura e da CMTU.

Nossa reportagem também procurou a assessoria de imprensa do Uber no Brasil, mas não obtivemos retorno até o fechamento da matéria.

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