Atualmente, Londrina conta com três vereadoras entre seus 19 parlamentares, mas, depois da eleição de domingo, esse número irá cair para somente uma a partir do próximo ano. A única mulher eleita na cidade é Daniele Ziober, do PPS, que fará sua estréia no Legislativo.

Elza Correia, do PMDB, está no terceiro mandato e decidiu não disputar a reeleição porque o partido apoiou a candidatura do prefeito eleito Marcelo Belinati. Para ela, o resultado do pleito significa um retrocesso na representação feminina dentro da câmara. Também conforme a vereadora, os partidos políticos precisam ir além do mero cumprimento da legislação que prevê um índice de ao menos 30% de candidatas.

Embora tenha elogiado a eleição de Daniele Ziober, Lenir de Assis, do PT, também lamentou a queda no número de vereadoras. Atualmente em seu segundo mandato, a petista derrotada ao tentar se reeleger disse que o preconceito contra as mulheres é marcante no mundo político e pediu que elas assumam papel de protagonistas nos partidos.

Derrotada na eleição para a prefeitura, Sandra Graça, do PRB, está no terceiro mandato. A vereadora também teceu elogios a Daniele Ziober e cobrou que não haja retrocesso nas políticas públicas locais que são voltadas a mulheres.

Quinta mais votada na eleição de domingo, com 4.302 votos, Daniele Ziober disse que ficou preocupada por ser a única vereadora da próxima legislatura. Ela prometeu representar as mulheres “da melhor forma possível” e pediu que demandas desse público sejam atendidas pelas autoridades locais.

Enquanto a próxima legislatura da Câmara de Vereadores terá esse cenário, as mulheres representam mais da metade do eleitorado de Londrina. Elas são 54% dos 353 mil eleitores da cidade.