Os vereadores aceitaram, durante a sessão desta quinta-feira (12) da Câmara Municipal de Londrina, a chamada admissibilidade de tramitação do projeto de lei, de autoria da prefeitura, que pede autorização dos vereadores para a contratação de um empréstimo de R$ 100 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Como também altera o Plano Plurianual do município para os anos de 2022 a 2025, ampliando o orçamento da Secretaria Municipal de Obras, a proposta deveria ter sido protocolada, no mínimo, 90 dias antes do período de recesso do Legislativo, o que não aconteceu. Por conta disso, os parlamentares tiveram que votar a admissibilidade da tramitação da matéria, que, só agora, segue para análise das comissões permanentes da Casa.

De acordo com o município, os recursos vão ser usados em obras no sistema viário da cidade e também na execução de serviços de infraestrutura. Entre os procedimentos a serem executados, estão a ampliação da avenida Waldemar Spranger a partir do viaduto da PR-445; o prolongamento da avenida Otávio Genta; a adequação da marginal da PR-445, nas proximidades do Terminal do Acapulco; a duplicação da avenida Juvenal Pietraroia, no jardim Colúmbia; e a ampliação da avenida Constantino Pialarissi. Também estão previstos serviços de recape na Usina Três Bocas e nos distritos de Irerê, Warta, Espírito Santo e Lerroville.

Antes da votação da admissibilidade, a sessão foi suspensa para que o secretário municipal de Governo, João Luiz Esteves, esclarecesse algumas dúvidas dos vereadores. Sem revelar muitos detalhes, ele garantiu que a prefeitura tem plenas condições de contrair a dívida junto à Caixa Econômica, e destacou a importância das obras que serão executadas com os recursos oriundos do empréstimo.

Em relação a outros questionamentos importantes, como o real tamanho da capacidade de endividamento do município e em quanto tempo a prefeitura pretende pagar o empréstimo, o secretário disse que todas as dúvidas serão esclarecidas durante as duas discussões da proposta.

Diversos parlamentares usaram a palavra e garantiram que só vão votar a favor do projeto caso as dúvidas sejam realmente esclarecidas. O vereador Santão, por exemplo, lembrou que a prefeitura fechou o último ano com um superávit primário de mais de R$ 100 milhões, e que parte desse valor, cerca de R$ 25 milhões, já foram prometidos pelo município às empresas do transporte coletivo para garantir a passagem de ônibus a R$ 4,00. Ele disse querer saber qual o destino do restante dos recursos e porque o pagamento do empréstimo junto à Caixa, caso ele seja realmente contratado, vai começar a ser quitado só após o final da atual administração municipal.

Alguns vereadores disseram ainda que, durante a discussão do projeto, vão apresentar sugestões para a execução de outras obras além das que já estão previstas. Vale lembrar que a matéria vai precisar ser discutida e votada em plenário até o final de junho, antes do próximo recesso do Legislativo.