“Avalanche” de obras em atraso vai fazer prefeitura mudar processo de contratação de empresas em Londrina
Município quer passar a exigir que terceirizada apresente um cronograma de como os trabalhos vão ser executados ainda durante o processo de licitação.
A lista extensa de obras e construções realizadas em Londrina desde o ano passado vem acompanhada por diversos asteriscos. Marcações importantes, que destacam aqueles projetos que estão em atraso. E se engana quem pensa que eles são poucos. A CBN mesmo mostrou, em janeiro, o caso de um grupo econômico, formado por duas empresas, que acumulava nada mais, nada menos, do que seis obras públicas na cidade, uma delas, adivinhe, em atraso. É a construção do posto de saúde do jardim Santa Rita, na zona oeste, que já recebeu aditivos para a prorrogação da entrega, mas, ainda assim, não deve ser concluída a tempo.
Outro caso bastante emblemático é o da pequena empresa de Jandaia do Sul que pegou três obras de uma só vez na cidade e conseguiu dar conta apenas de uma. Era para a terceirizada ter feito a reforma do antigo Mercado Quebec, a troca do telhado do Moringão e a revitalização da Biblioteca Municipal, no centro. Apenas a última delas foi concluída. Nos outros dois casos, os contratos foram rompidos de forma unilateral pelo município após uma série de atrasos.
Tem também a situação da empresa responsável pelas obras nas ruas Prefeito Faria Lima e Aminthas de Barros, que eram para ter sido concluídas no final do ano passado, mas ainda estão em execução.
No entendimento mais recente da prefeitura, os atrasos e contratempos podem ter sido motivados pela falta de planejamento por parte das terceirizadas, que, em muitos casos, apresentam o menor preço para vencer as concorrências públicas e, só depois disso, vão se planejar para a execução dos trabalhos.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o prefeito Marcelo Belinati que, para tentar coibir o registro de novos atrasos, a prefeitura vai passar a exigir que as empresas apresentem o cronograma das obras já durante os processos de licitação. Ele também destacou que a mudança pode fazer com que os transtornos para as pessoas que trabalham ou moram no entorno das obras sejam minimizados.