SEGUNDA, 12/10/2020, 06:35

2020 pode ser o ano mais quente da “história” do Paraná

Em setembro, temperatura média ficou até 4 graus acima dos registros históricos. Na última semana, Londrina registrou o dia mais quente de sua história, batendo a marca dos 40 graus na terça-feira.

O calorão da semana passada, quando o Paraná registrou as temperaturas mais altas desde o início do ano, ajudou a mostrar que 2020 tem sido, particularmente, mais quente na comparação com os últimos anos. Na última terça-feira, por exemplo, Londrina registrou o dia mais quente de toda a sua história, batendo pela primeira vez, de forma oficial, a marca dos 40 graus. Em setembro, de acordo com o Simepar, a temperatura média registrada no estado ficou até quatro graus acima dos registros históricos. Caso as temperaturas continuem atípicas nos próximos meses, o Paraná pode ter em 2020 o ano mais quente desde quando teve início a medição das temperaturas, em 1998. Quem explica é o coordenador de Operação Meteorológica do Simepar, Marco Antônio Jusevicius.

Com a combinação das temperaturas altas com a falta de chuva, a crise hídrica foi tomando grandes proporções em diversas regiões do estado. Em Curitiba e região, o nível já está no nível de seca extrema. O diretor da Sanepar, Hudson José, ressalta que este é um momento de dificuldade global, e pede para que o paranaense use a água com responsabilidade.

Em Londrina, de acordo com levantamento da Sanepar, foram consumidos, num único dia, 250 milhões de litros de água, o maior índice de sua história. O registro, do último dia 3 de outubro, é 17% maior na comparação com a média registrada durante o verão e supera em 15 milhões de litros os 235 milhões registrados em 2017, até então o recorde de consumo. O gerente Industrial da Sanepar na região, Gil Gameiro, garante que a companhia ainda tem condições de acompanhar este acréscimo, mas alerta que, se os índices continuarem altos por muito mais tempo, pode faltar água em Londrina em breve. Ele não descarta a possibilidade de a cidade precisar adotar um sistema de rodízio semelhante ao adotado nos últimos meses na região metropolitana de Curitiba.

Com informações da Agência Estadual de Notícias.

Por Guilherme Batista

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