A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Receita Federal e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã desta terça-feira (4) uma operação que tem como objetivo o combate ao comércio ilegal de aeronaves e peças aeronáuticas. Os órgãos do governo federal fortes indícios de que o processo de importação foi conduzido de forma irregular ou fraudulenta.

O alvo foi aeródromo localizado no distrito da Warta na Zona Norte de Londrina. As investigações encontraram indícios que um comerciante  trouxe aeronaves estrangeiras  que sofreram acidentes no exterioor para recuperação ou para venda de peças no país, sem a certificação dos órgãos competentes, sem o aval da ANAC.

O delegado da Receita Federal em Londrina, Reginaldo Cézar Cardoso, explica que a comercialização dessas peças sem condições de uso pode colocar em risco a segurança da aviação comercial. 

Londrina sedia a empresa que comercializa essas peças de aviões importadas de forma irregular, segundo a investigação. As equipes fiscalizaram hangares e contêineres situados no Aeroporto onde foram encontradas peças usadas, inclusive duas turbinas de aviões a jato avaliadas em US$ 20 milhões de doleres. O valor estimado dos bens retidos para averiguação pode chegar a US$ 100 milhões.

A empresa também foi intimada para comprovar se esses bens foram importados de forma regular.   Caso contrário, estão sujeitas ao perda dos bens, multas aduaneiras e administrativas e poderão responder pelos crimes contra a segurança da Aviação Civil, contrabando ou descaminho e organização criminosa.

A operação foi denominada  “Rainha da Sucata” faz alusão a novela dos anos 80, porque o principal alvo é uma das maiores revendedoras de peças aeronáuticas usadas no país.