QUARTA, 13/03/2019, 18:18

Alta de mais de 20 centavos nos preços de combustíveis em Londrina assusta

Sindicato que representa postos de combustíveis no Paraná alega que os aumentos são promovidos pela Petrobrás e repassados aos consumidores

O etanol e a gasolina tiveram novo aumento de preços em Londrina e região. Os postos de combustíveis que praticavam preços bem menores no mês passado agora repassam, segundo eles, valores em média 20 centavos mais altos.

No mês passado segundo informações de aplicativos que atualizam os preços diariamente o valor mínimo praticado era de R$ 2,47 no litro do etanol e de R$ 3,75 no litro da gasolina.

Já nessa quarta-feira os aplicativos apontam valores superiores no caso do etanol R$ 2,67 no mínimo e no litro da gasolina o valor mínimo R$ 3,81.

O Sindicombustíveis-PR, entidade que representa o segmento de postos no Paraná, se manifestou por nota:

“A entidade repudia a série de aumentos promovidos pela Petrobras nas suas refinarias, fruto de sua perversa política de preços.

De janeiro para cá, os seguidos aumentos na gasolina já somam 17,3% nas refinarias. Somente neste mês de março já foram quatro aumentos seguidos.

No Diesel, as altas seguidas nas refinarias da Petrobras já somam acréscimo de 16% em 2019.

O etanol, por outro lado,  também acumula grande alta nas usinas. Nos últimos trinta dias, teve alta de 21,05% nas usinas. Estes dados são fornecidos pela mais recente pesquisa CEPEA/ESALQ, divulgada em 8 de março de 2019.

Os postos não compram seus produtos diretamente das refinarias e nem das usinas. São obrigados a comprar das distribuidoras de combustíveis. Neste ponto, o Sindicombustíveis aproveita para reforçar uma questão que vem denunciando desde o ano passado: as companhias distribuidoras, de maneira geral, têm repassado as altas da Petrobras com grande agilidade. Por outro lado, demoram ou não repassam na integralidade as baixas.

Outra dúvida frequente é sobre a diferença de preços entre cidades. Sobre isso, o Sindicombustíveis-PR esclarece:

Uma das causas determinantes é que as companhias distribuidoras possuem políticas de preço diferentes para cada cidade. Isto é, praticam preços diferentes de uma cidade para outra, mesmo próximas. Até mesmo dentro de uma mesma cidade as companhias distribuidoras vendem aos postos combustíveis com outros preços, conforme bairro ou região. Como o mercado é livre, isto é possível e ocorre com frequência. Outros fatores são os custos que cada cidade oferece, que vão do transporte do produto e aluguel do ponto até seguros, além do volume de venda.

Entendemos assim que é uma grande injustiça direcionar aos postos, que também são vítimas, os questionamentos sobre as altas recentes. Estes questionamentos devem ser dirigidos ao governo federal, Petrobras e distribuidoras.

Os postos representam o último elo até o combustível chegar ao consumidor final, e por isso são o lado mais exposto e cobrado a dar explicações. Mas fica evidente que os postos são também o agente com menor poder econômico - e por consequência - menor poder de interferência na variação de preços. Entendemos que cabe demandar explicações para as distribuidoras e a Petrobras”.

O coordenador do Procon de Londrina, Gustavo Richa, que preferiu ainda não gravar entrevista, informou a nossa reportagem que ao longo dessa semana está sendo feita a pesquisa mensal dos preços e que será divulgada na terça-feira da semana que vem. Com esses números em mãos será possível comparar os valores e fazer uma notificação aos donos de postos sobre o aumento.

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