Câmara arquiva denúncia envolvendo vereadores e não encaminha para Comissão de Ética
Takahashi acusou João Martins de mentir durante sessão de projeto
A procuradoria jurídica e a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Londrina arquivaram a denúncia feita pelo vereador Mário Takahashi contra o também vereador João Martins.
Na sessão de 8 de setembro, os parlamentares discutiam um projeto de lei de autoria do presidente Ailton Nantes que
previa a presença de um profissional apto a se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais, Libras, nos locais de
atendimento de saúde pública em Londrina.
Durante a discussão, João Martins disse que um projeto semelhante tramitou na Câmara em 2017, quando Takahashi
era o presidente, e que ele não quis assinar a proposta para transmissão por Libras no Legislativo alegando falta de
dinheiro. Takashi desmentiu o vereador e o acusou de infrigir o artigo oitavo do Código de Ética e Decoro Parlamentar, que diz o seguinte: “acusar Vereador, no curso de uma discussão, de fatos ou atos inverídicos, improcedentes ou
descabidos de forma a ofender a honra ou comprometer a imagem deste”.
Ao comentar a decisão da Mesa Diretora em não levar sua denúncia à frente, Mário disse ter cumprido todos os requisitos do Código de Ética e apresentado provas para que pelo menos uma investigação fosse iniciada.
Takahashi criticou o que chamou de “dois pesos e duas medidas” do Legislativo, lembrando o processo interno que respondeu à época das denúncias da Operação ZR3, quando era presidente da casa e foi acusado de participação em um esquema de cobrança de propina para aprovação de projetos de mudanças de zoneamento urbano.
O vereador lamentou que não terá tempo hábil para recorrer da decisão até o fim dos trabalhos do Legislativo em 2020. Lembrando que nem Mário Takahashi, nem João Martins, foram reeleitos para um novo mandato a partir de 1º de janeiro do ano que vem.