QUARTA, 06/01/2021, 07:33

Cirurgias eletivas seguem suspensas por tempo indeterminado em todo estado

Nova Resolução da Sesa determina suspensão dos procedimentos tanto na rede pública quanto na privada.

De acordo com a Resolução, as cirurgias eletivas nas unidades do Sistema Único de Saúde e particular do estado seguem suspensas por tempo indeterminado. A Sesa justificou a continuidade da medida em função do crescimento dos casos de Covid-19 e a ocupação de leitos de UTI e de enfermaria no Paraná.

A nova Resolução revogou a anterior, que tinha suspenso a realização das cirurgias eletivas entre 1º e 31 de dezembro de 2020. De acordo com a Secretaria, a proibição não se aplica aos procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia e a exames e procedimentos de âmbito laboratorial que, a critério médico, sejam considerados de urgência ou emergência e com isso evitar um colapso na rede hospitalar.

Desde agosto do ano passado, a Sesa vinha restringindo as cirurgias eletivas, por meio de uma série de resoluções, para contingenciar alguns insumos, como relaxantes musculares e anestésicos, preservar os leitos de UTI para atendimento exclusivo aos pacientes da Covid.

Em um primeiro momento, as restrições foram apenas para os procedimentos que necessitavam de terapia intensiva no pós-operatório. Na sequência, a Secretaria liberou as cirurgias nos hospitais privados que não faziam parte do plano estadual de atendimento à Covid-19. Mais adiante, no fim de novembro, com a piora do cenário epidemiológico, o Governo do Estado suspendeu as cirurgias eletivas em toda a rede pública e privada. Com o avanço da doença nas últimas semanas, a Secretaria decidiu agora manter a suspensão por tempo indeterminado.

A presidente da Associação Médica de Londrina, Beatriz Tamura, afirma que a fila de cirurgias eletivas, que já era um problema anterior à pandemia, vem aumentando significativamente em todo o estado desde março do ano passado e se tornou uma preocupação da classe médica.

Beatriz Tamura afirma também que com o passar dos meses alguns procedimentos eletivos podem acabar se tornando emergenciais.

A presidente da Associação Médica de Londrina diz ainda que, além da cirurgia propriamente dita, existe um pré-operatório, de consultas e exames, que vai precisar ser todo refeito e fala em desgaste para médicos e pacientes com a situação.

Beatriz Tamura diz ainda que a orientação, inclusive do Conselho Regional de Medicina, é para que os pacientes continuem fazendo o acompanhamento do caso com o médico para que ele identifique se a espera pela cirurgia ainda é viável ou já se tornou um caso de emergência.

Por Claudia Lima

Comentários