O acúmulo de materiais recicláveis na zona leste de Londrina, tem gerado transtornos, riscos à saúde pública e ao meio ambiente. O problema se agravou no último domingo (13), com a ocorrência de um incêndio de grandes proporções no Ponto de Entrega Voluntária (PEV) Nova Conquista, na Rua Capitão João Busse, iniciado em uma moita de bambu e que se alastrou rapidamente. O Corpo de Bombeiros usou 8 mil litros de água para conter as chamas.

A CMTU realizou uma limpeza no entorno do local incendiado, onde havia acúmulo de recicláveis, lixo orgânico e entulhos, que se espalhavam pelas calçadas e causavam transtornos à vizinhança. Foram removidos 272 metros³ de lixo, o equivalente a 34 viagens de caminhão. Vinte e cinco agentes participaram da ação, que também se estendeu à mata próxima, onde há a nascente de um rio.

Enquanto isso, os dados mostram que Londrina segue gerando mais resíduos a cada ano. No primeiro semestre de 2025, foram produzidas 68,1 mil toneladas de lixo domiciliar, aumento em relação às 66,4 mil toneladas do mesmo período de 2024. A coleta é feita pela empresa Sistemma, de Goiânia (GO), com 19 caminhões que atendem toda a cidade e zonas rurais, levando o material à Central de Tratamento de Resíduos (CTR), no distrito de Maravilha.

Segundo a CMTU, 37% dos resíduos que chegam à CTR poderiam ser reciclados e outros 30% poderiam virar compostagem. No ano passado, foram recolhidas 134,4 mil toneladas, com custo de R$ 25,6 milhões, média de R$ 2,1 milhões por mês.

Para reduzir esse impacto, a CMTU orienta os moradores a reforçarem a separação correta dos resíduos. O serviço de coleta acontece diariamente, entre 7h e 15h e das 19h às 3h. Os horários e dias de coleta por rua estão disponíveis no site da companhia, na aba “Mapa da Coleta Seletiva, Orgânica e Rejeitos”.