Um menino de três anos morreu após ser picado por um escorpião em Cambará, no Norte Pioneiro. Após o incidente, que aconteceu no domingo (13), a família procurou o Hospital Municipal, mas devido à gravidade, precisou ser levado para a Santa Casa de Jacarezinho e recebeu o soro  antiescorpiônico, mas o estado de saúde do garoto piorou.

Ele precisou ser transferido novamente para o Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde morreu na segunda-feira (14). A diretora do Hospital Municipal de Cambará, Izabel Cristina Sencio Pucci explica que ao chegar na unidade o paciente já foi encaminhado para sala de emergência. O escorpião estava no calçado da criança.

O secretário de Saúde de Cambará, Ronaldo Guardiano esclareceu que a cidade não conta com soro antiescorpiônico e que, por isso, o menino foi transferido para Jacarezinho. O secretário ainda complementa que cobrou o envio de soro contra animais peçonhentos para o serviço de saúde da cidade em uma reunião no dia 26 de junho, o que foi negado. 

Agora, agentes de endemias vão realizar um trabalho de fiscalização no Jardim Bella Toscana, local em que ocorreu a picada, e em outros pontos do município que possam registrar a infestação de escorpiões.

De acordo com o Hospital Universitário de Londrina, o CIATox (Centro de Informações e Assistência Toxicológicas) atendeu 1.926 casos de picadas de escorpião nos últimos cinco anos. Os dados são de 2021 e vão até o dia 14 de julho de 2025. A grande maioria dos casos envolve o escorpião-amarelo, com 1.257 ocorrências.

Além do menino de três anos, outras duas pessoas morreram por conta do veneno: uma criança de 10 anos, moradora de Sertaneja  (Norte), e uma pessoa de 46 de Guaraci (Centro-Norte), ambos os casos registrados em 2021.

O Instituto Butantan explica que o soro antiescorpiônico neutraliza o veneno que está em circulação, mas reforça que a aplicação deve ser o mais rápido possível após a picada do animal peçonhento. 

Repórter Sílvia Vilarinho