A Concessionária Econorte informou que, a partir da zero hora deste sábado, 1º de junho, a praça de pedágio de Cambará será reativada e passa a cobrar uma tarifa de R$ 21,90 para os automóveis e de R$ 38,60 para caminhões de dois eixos. A cobrança foi autorizada pela 1ª Vara Federal de Curitiba no dia 21 de maio. Na decisão, o juiz federal Friedmann Anderson Wendpap afirmou que não havia impedimento para a reabertura, desde que a praça de Jacarezinho continuasse desativada.

Segundo a empresa, o valor do pedágio em Cambará é o mesmo praticado em Jacarezinho, até o fechamento pela Justiça. A Concessionária informou ainda que os atendimentos médico e mecânico emergenciais na BR-153 e na PR-090 continuam, apesar das duas rodovias não estarem incluídas no contrato. Segundo a Econorte, os serviços de conservação desses trechos só serão retomados quando as equipes forem mobilizadas, mas não informou uma data.

Em relação à obra na BR-153, em Santo Antônio da Platina, que tinha sido paralisada por outra decisão judicial, o prazo para apresentação, ao Estado e à Justiça, do plano de execução do viaduto é de 15 dias.

As decisões de suspender o pedágio de Jacarezinho e de reativar a praça de Cambará fazem parte das investigações da Operação Integração I, que prendeu o ex-diretor do DER, Nelson Leal Júnior, e o ex-diretor da Econorte, Hélio Ogama. Em delação premiada, os dois confirmaram o pagamento de propina durante a elaboração de aditivos de contratos das concessões. Em 1997, 2.500 quilômetros de rodovias federais foram entregues pelo Governo do Paraná, em regime de concessão, a seis empresas privadas. Os contratos têm validade até 2021.

Na segunda fase, a Operação Integração II prendeu diretores de outras concessionárias e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias no Paraná.