O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, inaugurou nesta terça-feira (30), a Biofábrica Wolbachia de Londrina, uma das principais estratégias e uma nova tecnologia no combate à dengue e outras arboviroses no Paraná. O investimento somente aqui em nossa região é de R$ 5 milhões.

A biofábrica produzirá mosquitos Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia. Os mosquitos infectados com a bactéria não desenvolvem os vírus da dengue, zika e chikungunya, e soltos na cidade, podem acabar com a transmissão dessas doenças, através do cruzamento com os mosquitos existentes atualmente.

De acordo com Diogo Chalegre, líder de relações institucionais do Instituto WMP (World Mosquito Program), a expectativa é que a fábrica libere cerca de 3 milhões de mosquitos contaminados com a bactéria wolbachia, pelas próximas 20 semanas, o que resultaria em 60 milhões de mosquitos contaminados. Os resultados em Londrina devem começar a ser sentidos no segundo semestre de 2025.

A chefe da 17ª Regional de Saúde, Lúcia Lopes, destacou a importância da ação e a necessidade da diminuição de casos em todo o Paraná.

Segundo o secretário adjunto de vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Cunha, o wolbachia foi criado na Austrália e por lá reduziu 96% dos casos de dengue. Já no Brasil, a redução é de 70% nas cidades que contam com uma biofábrica, exemplo de Campo Grande-MS e Niterói-RJ.

A biofábrica conta com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program) e da Prefeitura de Londrina, para o secretário de Saúde, Felippe Machado, um importante agente no combate contra a dengue.

Durante o evento houve a soltura de dezenas de mosquitos e também a visitação à nova biofábrica. A soltura nos bairros de Londrina, está prevista para começar no dia 16 de agosto.