No último dia 15, o prefeito Marcelo Belinati apresentou à Câmara Municipal de vereadores o projeto de lei, em regime de urgência, que altera os critérios de gratuidade do transporte coletivo urbano. Na proposta de alteração da lei do Passe Livre só terão direito à gratuidade os estudantes dos ensinos médio e fundamental, que estão amparados por uma decisão judicial de 2014. Os demais, para conseguir o benefício precisam comprovar renda familiar menor que três salários mínimos e ser integrante do Cadastro Único do governo federal. Ou seja, ser beneficiário de algum programa de assistência. Quem puder pagar o transporte, vai ter desconto de 50%.

Nossa reportagem entrou em contato com membro do Comitê do Movimento Passe Livre de Londrina. De acordo com o professor da Universidade Estadual de Londrina – UEL e membro do Comitê, Evaristo Colman, o movimento deve se reunir nessa semana ainda a fim de organizar ações para impedir que o novo projeto seja aprovado. 

Ele ressalta que a aprovação na legislação anterior na verdade é algo bom as empresas de ônibus e no entendimento do comitê o transporte público deveria ser estatizado sendo direto de todos terem acesso gratuito.

A prefeitura justifica a medida, com a falta de condições financeiras para bancar o subsídio do transporte coletivo de forma integral, como estava sendo antes. A intenção é que as novas regras comecem a valer no segundo semestre.

As alterações no projeto de lei já foram questionadas pelas empresas de transporte coletivo de Londrina, que no caso se houver as restrições o município deixaria de repassar o valor que estava previsto para manter a tarifa sem reajustes e isso fará com o valor do transporte tenha que ser revisto e poderá ter aumentos.