Decreto determina que cemitério particular destine mais de 900 jazigos a pessoas de baixa renda em Londrina
Medida existe há dez anos, mas foi regulamentada pelo município só agora. Acesf também dá andamento a projetos pra ampliação dos cemitérios municipais.
O cemitério particular Parque das Alamandas, localizado na zona oeste de Londrina, iniciou nos últimos dias a construção de 180 gavetas que vão ser ofertadas, por meio da Acesf, para indigentes e pessoas de baixa renda. O investimento é de R$ 200 mil. Ao todo, são 908 vagas, cerca de 5% do total de lápides existentes no espaço privado, que vão estar disponíveis a partir do mês que vem. O superintendente da Acesf, Leonilso Jaqueta, explica que essa medida existe já há dez anos no Código de Posturas do Município, mas foi regulamentada pela prefeitura somente em outubro do ano passado, o que, segundo ele, possibilitou que o poder público cobrasse a destinação das vagas do cemitério particular.
Jaqueta destaca que são jazigos sociais, utilizados por até três anos, e que, depois desse período, eles vão ser esvaziados, com a destinação dos restos mortais dos enterrados a ossários, para a realização de novos sepultamentos.
O superintendente da Acesf informa que também está em andamento projetos para ampliação de pelo menos dois dos 13 cemitérios municipais. No Jardim da Saudade, na zona norte, há a previsão de construção dos chamados conjugados. Já no Padre Anchieta, na região leste, o município analisa a possibilidade de expandir a área para a construção de mais sepulturas para um terreno localizado ao lado do cemitério.
Questionado se Londrina corre o risco de sofrer um colapso funerário como o registrado em Rolândia, que, atualmente, não tem mais vagas no cemitério, Jaqueta garante que não, que a situação do município é tranquila, com alguns cemitérios, inclusive, tendo menos de um terço das vagas ocupadas.