SEGUNDA, 11/11/2019, 06:56

Depois de três semanas, cirurgias eletivas ainda seguem suspensas na Santa Casa

Com uma média de oito a dez procedimentos diários, hospital também enfrenta situação delicada no Pronto Socorro, que chega a receber mais do triplo da capacidade máxima.

As cirurgias eletivas na Santa Casa de Londrina foram suspensas no dia 21 de outubro. Á época, os motivos alegados pela direção da entidade foram a falta de material, a superlotação e problemas financeiros. A instituição também restringiu os atendimentos de urgência e emergência. De acordo com a direção do hospital, por tempo indeterminado. Solicitamos uma entrevista para saber qual a situação atual da unidade de saúde, mas a assessoria da Santa Casa enviou apenas uma nota.

Três semanas depois do anúncio da suspensão, a situação é a mesma em relação às cirurgias eletivas. E o pior é que ainda não há previsão para que elas voltem a ser feitas e os pacientes vão ter mesmo é que esperar. Segundo a Santa Casa, até a suspensão eram, em média, de oito a 10 procedimentos por dia.

 Em relação à emergência, a nota da instituição informa que o atendimento continua normal e que as cirurgias eletivas foram suspensas justamente para não afetar o atendimento no Pronto Socorro, já que os pacientes não podem esperar.

Segundo a assessoria do Hospital não há limite de atendimentos no PS. Na última sexta-feira, por exemplo, a situação do Pronto Socorro era de superlotação. O setor, que tem 8 vagas, estava com o triplo da capacidade, 25 pacientes. Situação um pouco melhor do que a registrada, por exemplo, no fim de semana em que anunciou a suspensão das cirurgias eletivas, quando eram 40 pessoas no PS.

Em relação à ajuda prometida pela Prefeitura quando anunciou as dificuldades no atendimento, a Santa Casa informou que na primeira semana, quando a situação chegou ao limite, houve o empréstimo de alguns materiais e medicamentos.

Sobre a possibilidade de aumento nos repasses do SUS, a instituição informou que a diretoria vem discutindo o assunto, buscando saídas, desde antes da decisão de restringir o atendimento. E que conversas e reuniões sobre o tema com autoridades da área têm sido constantes.

Fizemos contato com o secretário Municipal de Saúde, Felipe Machado, para saber o que a Prefeitura pode fazer para tentar reverter a situação, mas até o fechamento da reportagem não tivemos retorno.

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