A decisão de afastamento do presidente e dos gerentes financeiro e de recursos  humanos da entidade filantrópica é do juiz João Henrique Coelho Ortolano, da 5ª Vara Criminal de Londrina. A instituição atende pessoas em situação de rua e idosos e, segundo a Polícia Civil, os três gestores são suspeitos de falsificar documentos e desviar recursos da associação.

Além do afastamento, o magistrado também proibiu os investigados de frequentarem o prédio da entidade por um prazo inicial de 4 meses e nomeou um advogado da entidade para assumir, de forma provisória, a gestão da associação. A partir de 2024, a instituição deve ser comandada por outra diretoria pelos próximos dois anos.

Nos últimos cinco anos, a instituição teria recebido, só da Prefeitura de Londrina, cerca de R$ 10 milhões para a manutenção das atividades.

No início do mês, equipes da Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil deflagraram uma operação contra os três suspeitos. Na oportunidade, foram apreendidos documentos, celulares e computadores na sede da instituição e nas casas dos gestores.

O responsável pelas investigações, delegado Thiago Vicentini, disse em entrevista ao repórter Guilherme Batista, logo após a deflagração da Operação, que a polícia ainda trabalha para apurar o valor total desviado pelo grupo.

Em nota encaminhada à CBN Londrina pelo procurador jurídico da entidade, Fábio Turetta, a instituição informou que atua há mais de 45 anos de maneira idônea, sem jamais ter sido acusada de nenhum tipo de falha ou desvio na prestação dos serviços ou na gestão de recursos.

Na nota, a Associação afirmou ainda que está colaborando com as investigações e que os fatos apurados pela polícia apontam para condutas individuais do Presidente e dos outros dois gestores, cujos mandatos se encerrariam no próximo dia 31 de dezembro. A investigação corre em segredo de justiça.

A CBN não conseguiu contato com a defesa dos três gestores da entidade afastados pelo judiciário.