SEGUNDA, 28/06/2021, 18:12

Em nota, comando da PM confirma abertura de processo administrativo para apurar conduta de major envolvido em acidente de trânsito em Londrina

Segundo boletim de ocorrência, oficial, que aparentava estar embriagado, teria fugido do local sem prestar socorro a motociclista também envolvido na batida. Advogado do policial nega todas as acusações.

O 2º Comando Regional da Polícia Militar (PM) emitiu uma nota no início da tarde desta segunda-feira (28) garantindo que está acompanhando de perto a situação envolvendo o major Walter João Marques Luiz, que acabou detido pela Guarda Municipal na noite de sábado (26) após se envolver em um acidente de trânsito na avenida Arthur Thomas, na zona oeste de Londrina. No comunicado, o comando informou que também vai abrir um procedimento administrativo para investigar a conduta do policial, que responde às acusações de embriaguez ao volante e lesão corporal culposa em liberdade após o pagamento de uma fiança.

No boletim de ocorrência, os guardas responsáveis por atender a situação relatam que o policial teria fugido do local do acidente sem prestar socorro ao motociclista também envolvido na batida. Ainda conforme o BO, o major também aparentava estar embriagado. Em depoimento na delegacia, Marques Luiz confirmou ter bebido duas latas de cerveja no início da tarde, mas garantiu que não apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente, registrado durante a noite. Ele também negou ter fugido do local, e disse que o motociclista bateu na traseira da caminhonete dele. A versão é contestada pelo condutor da moto, que, também em depoimento, afirmou que foi atingido pela lateral do veículo, que o motorista percebeu que ele tinha caído no asfalto e que, mesmo assim, optou por continuar com a viagem.

A fuga só não teria sido bem-sucedida por causa de uma equipe da Guarda Municipal que passava pelo local. Os agentes receberam a informação do motociclista e seguiram a caminhonete até a rua Waldomiro Fernandes, onde o policial foi abordado e detido. No momento da prisão, o policial teria negado fazer o teste do bafômetro. No final da mesma noite, ele passou pelo exame na Companhia de Trânsito da Polícia Militar. Na ocasião, o resultado do teste foi de 0,22 mg de álcool por litro de ar expelido. Apesar dos indícios levantados até o momento, o advogado do major, Alexandre de Aquino, negou todas as acusações.

Por Guilherme Batista

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