QUINTA, 17/12/2020, 17:42

Empresa responsável por "pacotão" de obras em postos de saúde de Londrina pode ser demitida pela prefeitura

Terceirizada, atualmente responsável por realizar melhorias em treze UBS do município, não estaria dando conta da grande demanda de serviços.

A Secretaria Municipal de Gestão Pública iniciou nos últimos dias uma série de processos de rescisão de contrato contra a empresa Belga Latina Construções, de Centenário do Sul, contratada pelo município este ano para realizar a reforma de treze unidades básicas de saúde da cidade. De acordo com a prefeitura, a terceirizada não estaria dando conta da grande demanda de serviços. Todos os cronogramas iniciados pela construtora já enfrentam atrasos, ainda conforme o município.

Os processos de rescisão ainda estão em sua fase inicial. O próximo passo é receber as justificativas por parte da terceirizada. A Secretaria de Gestão pretende demitir a empresa e convocar as segundas colocadas nos certames das reformas dos postos do Vivi Xavier, Guaravera, Vila Brasil e Lerroville. No Vivi, por exemplo, as obras tiveram início em janeiro e eram para ter sido entregues em junho. Já foram autorizados quatro aditivos de prazo, mas, até o momento, o serviço passa longe de estar finalizado.

A Belga também teria sido contratada para executar a reforma nas unidades do Aquiles Stenghel, Armindo Guazzi, Bandeirantes, Cafezal, Chefe Newton, Irerê, Lindoia e Vila Ricardo, mas, até o momento, nenhuma ordem de serviço foi emitida pela prefeitura.

Em entrevista à CBN nesta quinta-feira (17), o secretário municipal de Obras, João Verçosa, adiantou que a empresa também foi proibida de participar de outros certames do município pelos próximos dois anos. Ele também garantiu que o poder público não tinha como impedir a construtora de participar dos outros processos, uma vez que, conforme o secretário, ela apresentou todos os documentos e requisitos necessários. Verçosa lembrou, ainda, que o município também dá andamento à rescisão de contrato com a empresa responsável pela reconstrução da UBS da Vila Fraternidade, na zona leste, também por conta dos frequentes atrasos. Ou seja, pelo menos 14 postos de saúde devem iniciar o próximo ano com as reformas temporariamente paralisadas.

Esta não foi a primeira vez que o poder público precisou demitir uma empresa que era responsável por duas ou mais obras em Londrina. Em dezembro do ano passado, uma construtora contratada para realizar a reforma do teto do Moringão, e a revitalização do Mercado Quebec e da Biblioteca Pública Municipal teve dois dos três contratos rescindidos. Na época, ela só conseguiu concluir as obras da biblioteca.

Por Guilherme Batista

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