SEXTA, 16/06/2023, 12:25

Familiares de jovens mortos em confronto com a Polícia Militar realizam protesto em Londrina

Data marcou a morte de jovem Davi, de 15 anos, assassinado a tiros de metralhadora na Vila Recreio.

Mesmo em noite fria de quinta-feira, o ato reuniu dezenas de amigos e familiares na praça localizada na esquina da Avenida Duque de Caxias com a Rua Desembargador Clotário Portugal, na Vila Recreio, região central de Londrina. O grupo do movimento “Justiça por Almas, Mães de Luto em Luta”, que organiza o protesto pede por Justiça em razão de histórias de vidas que foram interrompidas como a do adolescente Davi Gregório Ferraz dos Santos que foi morto, aos 15 anos, pela Polícia Militar há exatamente um ano - dia 15 de junho de 2022.

O corpo foi encontrado num imóvel no local do protesto onde supostamente ele tinha ido comprar maconha. Segundo a mãe, a agente comunitária de saúde Marilene Ferraz da Silva Santos, o menino não era traficante e foi morto por engano em ação violenta do choque da PM.

Segundo ela, o revólver que supostamente pertenceria ao garoto não estava no local do óbito e foi entregue aos peritos pelos PMs.  Ela repudia a versão oficial de que a morte foi em decorrência de um confronto com os agentes da polícia.

Londrina registrou 50 mortes em decorrência de confronto policial só no ano de 2022, segundo dados apurados pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado). O recorte dessa letalidade policial mostra que maioria dessas pessoas são jovens até 29 anos (59%), moram na periferia e são de negros (58%). Essa estatística que cresceu 56% em 2022 em comparação com 2021 e continua provocando vítimas.

Por Guilherme Marconi

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