SEXTA, 18/01/2019, 17:48

Gaeco pede que Mário Takahashi e Rony Alves continuem longe da Câmara de Vereadores

Promotor afirma que presença dos dois no Legislativo pode atrapalhar a instrução processual e cita suposta coação de Rony Alves a testemunha da Operação ZR3 e que acabou levando o vereador para a prisão.

O Ministério Público pediu à Justiça, mais uma vez, a prorrogação do afastamento dos vereadores Rony Alves e Mário Takahashi da Câmara Municipal. Os parlamentares foram afastados da Casa pela primeira vez em janeiro do ano passado quando a Operação ZR3 foi deflagrada. O segundo afastamento ocorreu em julho de 2018 e o prazo termina na próxima quinta-feira, 24. Se a justiça negar o novo pedido de prorrogação do Gaeco, os dois vereadores voltam para a Câmara já no dia 1º de fevereiro, na sessão inaugural do ano legislativo.

O promotor Leandro Antunes afirma que Alves e Takahashi são acusados de crimes graves e que a presença deles na Câmara, no exercício do mandato, poderia atrapalhar a instrução processual e o andamento da ação.

A ZR3 investiga um suposto esquema de cobrança de propina que envolvia servidores públicos, empresários e os dois vereadores para alterar zoneamentos na cidade. A Operação denunciou uma série de crimes: organização criminosa, corrupção ativa e passiva.

Rony Alves foi preso no dia 22 de dezembro do ano passado por supostamente ter ameaçado a principal testemunha de acusação da ZR3, o produtor rural Júnior Zampar em uma agência bancária da cidade. O vereador acabou solto da PEL 1 duas semanas depois, no dia 4 de janeiro, após uma decisão do Tribunal de Justiça. Na liminar, o juiz substituto do TJ, Kennedy de Mattos, considerou que não houve grave ameaça e decidiu soltar Alves.

Leandro Antunes diz que o caso também serve de argumento para o pedido de prorrogação do afastamento feito à justiça e explica que o Gaeco não pode recorrer da decisão do TJ, atribuição que é da Procuradoria Geral de Justiça.

No ano passado, Mário Takahashi e Rony Alves foram investigados por uma Comissão Processante da Câmara e acabaram absolvidos, por apenas um voto.

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