SEGUNDA, 02/09/2019, 06:50

Gepatria e Promotoria de Astorga denunciam quatro vereadores e assessor da Câmara por corrupção de testemunha

Parte do grupo foi presa em flagrante, há cerca de quinze dias, quando tentava comprar o silêncio de uma testemunha de irregularidades no Município.

O Ministério Público ofereceu denúncia criminal contra quatro vereadores e o assessor de Comunicação da Câmara Municipal de Astorga. O presidente do Legislativo, José Carlos Paixão, do PTB, e o servidor da Casa, Fernando Gardin foram presos em flagrante, no dia 13 de agosto, quando tentavam comprar o silêncio de um denunciante e testemunha num processo que apura irregularidades no município.

Segundo o Ministério Público, outros dois parlamentares foram citados como coautores do crime, já que dividiriam o valor do suborno a ser pago mensalmente. A denúncia pelo crime de corrupção de testemunha, que tem pena prevista de até quatro anos de prisão, além de multa, foi feita pelo Núcleo de Londrina do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa e a 1ª Promotoria de Justiça de Astorga.

Segundo o Ministério Público, José Carlos Paixão, o vereador Mauricio Juliani, do DEM, e o assessor de comunicação da Casa, Fernando Gardin, ofereceram propina e um cargo no Legislativo municipal para Charles Gasparino que participa de um grupo que fiscaliza a gestão pública e com frequência noticiava fatos irregulares no município. O denunciante participou da reunião e gravou toda a conversa, em que foram oferecidos R$ 3 mil mensais e o cargo de assessor legislativo.

 Um dia depois da prisão em flagrante, a juíza Paula Andréia Monteiro determinou que José Carlos Paixão e Fernando Gardin fossem afastados de suas funções na Casa. Apesar disso, eles continuam recebendo os salários, mas estão proibidos de ir à Câmara e à Prefeitura. A magistrada determinou ainda que os dois não tenham nenhum tipo de contato com o denunciante e as testemunhas do caso. Eles também estão proibidos de deixar a cidade. O presidente da Casa teve ainda uma recomendação administrativa para abertura de processo de cassação enviada pelo Ministério Público à Câmara de Vereadores da cidade.

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