TERCA, 28/05/2024, 11:38

Greve dos professores da UTFPR é mantida apesar de proposta do governo federal

Paralisação já dura quase 2 meses e uma nova assembleia foi agendada para a próxima segunda-feira (03). Em Londrina, cerca de 2 mil alunos estão sem aulas

Os professores das universidades e institutos técnicos federais se dividiram e a greve da categoria foi mantida. Os docentes são representados por duas entidades: a Proifes - Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior e pelo Andes – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

O governo federal apresentou uma proposta com aumentos de 13,3% a 31% até 2026, com os reajustes começando em 2025. As categorias que recebem menos terão os maiores aumentos. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total ficaria entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Com o reajuste linear de 9%, o aumento total chegaria a 21,5% em quatro anos.

A Proifes assinou, nesta segunda-feira (27), o acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, mas o Andes a rejeitou e quer manter a greve.

De acordo com Claudio Ueno, representante do sindicato em Londrina, a Proifes não representa a maioria dos docentes e não houve proposta sobre a recomposição do orçamento das universidades federais.

O professor ressaltou que ao falar em orçamento das universidades, é incluída a manutenção predial, a contratação de serviços, entre outras despesas. De acordo com Ueno, a luta da categoria também é contra o sucateamento das instituições de ensino.

Em Londrina, 98% dos docentes da UTFPR aderiram à paralisação e cerca de 2 mil estudantes estão sem aulas. A próxima assembleia foi agendada para a próxima segunda-feira (03), em Brasília. Até lá, a greve está mantida. 

Por Juliana Takaoka

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