Londrina ganhou nos últimos o Observatório Néias, que pretende acompanhar e fiscalizar casos de feminicídio tentado e consumado registrados em toda a região. A idealizadora da iniciativa é a socióloga Silvana Mariano. Ela é a irmã de Cidnéia Aparecida Mariano da Costa, que ficou tetraplégica após ser espancada e asfixiada pelo ex-companheiro na cidade em abril de 2019. Em fevereiro deste ano, o acusado, Emerson Henrique de Souza, foi condenado a 23 anos e dez meses de prisão por tentativa de feminicídio.

No dia do julgamento, um grupo de mulheres protestou em frente ao Fórum Criminal de Londrina pedindo por justiça. Era o início de um movimento que, mais tarde, viria a se tornar o observatório, que ganhou o nome da sobrevivente. Silvana explica a entidade é formada por uma equipe interdisciplinar de sociólogas, antropólogas, advogadas e jornalistas, que vai fazer um acompanhamento detalhados dos casos e, principalmente: cobrar que os acusados sejam julgados e punidos pelos crimes praticados.

Ainda segundo Silvana, o observatório pretende prestar assistência jurídica aos familiares das vítimas que não têm condições de custear um advogado e, consequentemente, acompanhar de forma minuciosa o andamento das investigações.