SEGUNDA, 26/06/2023, 16:06

Londrina é a primeira cidade do Paraná a ter grupo de trabalho voltado para a redução no número de acidentes e mortes no trânsito

Iniciativa atende a requisito do Plano Nacional de Redução de Mortes e de Lesões no Trânsito que, em dez anos, quer reduzir pela metade estes dados. Em Londrina, ações envolvem a instalação de mais radares e a diminuição do limite de velocidade em avenidas de grande movimento, além de cuidado especial com as rodovias.

A cidade de Londrina é a primeira do estado a contar com um grupo de trabalho voltado a discussões e estratégias que envolvam a redução no número de acidentes de trânsito. O primeiro encontro da comissão, que conta com a participação de 12 órgãos e entidades, foi realizada na tarde desta segunda-feira (26) no gabinete do prefeito Marcelo Belinati. A composição do grupo atende a um requisito do Pnatrans, o Plano Nacional de Redução de Mortes e de Lesões no Trânsito, do Ministério dos Transportes.

A iniciativa, criada em 2018, tem a intenção de reduzir pela metade o número de acidentes de trânsito nas cidades brasileiras e o número de mortes nestas ocorrências num período de dez anos. Até agora, em 2023, mais de 500 acidentes foram registrados na cidade. No ano passado, foram 56 mortes no trânsito. Segundo a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que encabeça a discussão, em Londrina várias ações já estão sendo realizadas para a redução destes números.

As principais delas envolvem a instalação de mais radares de controle de velocidade e a diminuição do limite de velocidade em vias rápidas. No início deste mês, por exemplo, o limite caiu para 50 km/h nas avenidas Tiradentes, JK e Santos Dumont, conforme lembrou o presidente da CMTU, Marcelo Cortez.

De acordo com ele, estudos mostram que quanto menor é a velocidade dos veículos envolvidos em acidentes, menor também é a chance do registro de vítimas com ferimentos graves.

Já em relação às ações futuras, Cortez citou a instalação de câmeras de videomonitoramento e de ainda mais radares na cidade.

Outra preocupação do grupo de trabalho é com os acidentes registrados na BR-369 e na PR-445, as duas rodovias que cortam a cidade. As vias são de fluxo intenso e, apesar de serem duplicadas, acabam sendo palco de batidas graves, que, em boa parte das vezes, terminam com vítimas fatais. Somente este ano, nove pessoas já perderam a vida em acidentes registrados em trecho da 445 que passa por Londrina. O capitão Glauco, da Polícia Rodoviária Estadual, garantiu que a fiscalização é realizada diariamente na estrada, e lembrou que, além das ações, é preciso atenção e respeito às leis de trânsito por parte dos motoristas.

Ele também disse que a polícia já entrou em contado com o DER, Departamento de Estradas de Rodagem, para pedir pela instalação de alambrados perto das passarelas, para evitar que os pedestres cruzem a rodovia, e, também, pela implantação dos chamados radares fixos nos trechos mais perigosos.

A Companhia de Trânsito da Polícia Militar também soma esforços às ações do grupo de trabalho, com a realização de blitze e pontos de bloqueio que vão controlar o trânsito e retirar de circulação veículos em condições precárias e motoristas não habilitados. O comandante do 30o Batalhão da PM, tenente-coronel Marcos Tordoro, disse que as ações educativas são importantes, mas que, em alguns casos, a imprudência só é coibida com a fiscalização.

O grupo de trabalho vai se reunir de dois em dois meses para discutir e alinhar ações. O Pnatrans espera preservar a vida de pelo menos 86 mil paranaenses por meio das medidas que visam reduzir o número de acidentes.

Por Guilherme Batista

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