O número de mortes em confrontos com policiais militares, civis e guardas municipais no Paraná teve redução de pouco mais de 6,% em 2019, na comparação com 2018. Foram 307 mortes no ano passado, contra 327 no ano anterior.

É a primeira que o número tem queda desde que o Gaeco passou a fazer o monitoramento dos dados, em 2015. Entre os casos, 294 envolvem policiais militares, seis ocorreram em confrontos com policiais civis e sete com guardas municipais.

As cidades com maior número de casos foram Curitiba, com 78, Londrina com 36, São José dos Pinhais, 18, e Cambé, com 12.

O coordenador estadual do Gaeco, promotor Leonir Batisti, diz que a redução é uma sinalização importante, mas ainda não é motivo para uma avaliação mais positiva. Para isso, Batisti afirma que vai ser preciso que se confirme uma tendência de queda.

Apesar da redução de 6% no Estado, Londrina registrou aumento de 56% das mortes em confrontos com policiais, foram 23 casos em 2018 e 36 no ano passado.

Desse total, 34 foram registradas em ocorrências com a Polícia Militar e duas com a Guarda Municipal. Não houve mortes em confronto com policiais civis de Londrina em 2019.

O major Villa, comandante do 5º Batalhão da PM, responsável pela maior parte do policiamento em Londrina, diz que é difícil generalizar os dados e que cada caso é uma situação diferente. O major atribui o aumento das mortes em confronto com Policiais Militares ao nível de reação nos flagrantes. 

O controle das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de uma estratégia institucional de atuação do Ministério Público para tentar contribuir com a diminuição das mortes em abordagens policiais.