Manifestação contra PL que propõe mudanças na gestão de hospitais universitários do estado foi realizada, em frente ao HU, nesta terça-feira (6)
Mobilização pede por maior diálogo com população e que proposta seja retirada do regime de urgência.
Uma manifestação foi realizada na manhã desta terça-feira (6), em frente ao Hospital Universitário de Londrina, em protesto contra o Projeto de Lei 522/2022, que está em discussão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e propõe alterações na gestão administrativa dos hospitais universitários do estado.
O PL foi protocolado, em regime de urgência, e foi incluído na pauta da Comissão de Constituição e Justiça, desta terça-feira (6).
O ato, aqui na cidade, reuniu alunos, professores e servidores da Universidade Estadual de Londrina. Os manifestantes se concentravam no local por volta das 9h30, com faixas e cartazes em defesa do Hospital Universitário.
Segundo Daiane Cardoso, diretora administrativa do HU, a mobilização pede pela retirada do regime de urgência da proposta e busca reforçar a importância de um diálogo amplo com a sociedade a respeito deste projeto.
De acordo com ela, ainda não há uma clareza sobre como todo este processo seria conduzido, caso a proposta seja aprovada.
A professora Andrea Name Simão, diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL, destaca que o Hospital Universitário tem papel importante na formação dos alunos da área da Saúde, que atuam no espaço.
Ela explica que o CCS conta com aproximadamente 2.500 estudantes, além de mais de 350 professores que estão ligados à prática hospitalar.
A diretora reforça ainda a necessidade de debater a proposta, avaliando os impactos que a medida pode trazer para o ensino destes alunos, como também para a população que é atendida no HU.
O estudante de Medicina da UEL, Pedro Cassela, participou da manifestação e também demonstrou preocupação com os possíveis reflexos do PL para a formação de novos profissionais da área da Saúde, já que o Hospital Universitário é um importante local para realização de estágio, por exemplo.
No decorrer dos últimos dias, diversas entidades e instituições se posicionaram em relação ao Projeto de Lei. Entre elas, a Universidade Estadual de Londrina, que fez o pedido, por meio de ofício, para que a tramitação da proposta fosse suspensa, com objetivo de promover maiores diálogos e discussões a respeito do tema.
Também se manifestaram a Associação Médica de Londrina (AML) e o Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed).
Além disso, um manifesto foi assinado por cerca de 30 entidades, na última segunda-feira (5), em reunião pública realizada pela Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal de Londrina. Assinam a carta, o Conselho Municipal de Saúde de Londrina, a Superintendência do Hospital Universitário, a Associação de Servidores da UEL (Assuel), o Coletivo de Sindicatos de Londrina e a Associação de Ex-Alunos da UEL, entre outras entidades.