QUARTA, 13/02/2019, 19:12

Ministério Público do Paraná quer que as 399 cidades do estado sejam monitoradas pelas promotorias de saúde pública para prevenção à febre amarela

As ações devem ser de cobrança aos gestores municipais com prazos e medidas.

O Ministério Público do Paraná por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública acionou todas as comarcas do estado para acompanhamento e monitoramento das ações contra a febre amarela.

A confirmação dos três casos no estado colocou em alerta o órgão.

De acordo com o procurador de justiça, Marco Antonio Teixeira, as comarcas dos 399 municípios foram acionadas para que cobrem medidas e ações das prefeituras quanto a prevenção à doença.

Ainda de acordo com Teixeira, a intenção é que, apesar de casos confirmados, não ter nenhuma morte no estado. A vacinação é a única maneira de evitar e os gestores municipais são responsáveis por orientar a população em cumprir essa tarefa, se necessário notificar os administradores que negligenciarem as ações de combate e prevenção.

Os três casos confirmados da doença estão na Região Metropolitana de Curitiba e no litoral, porém a prevenção segue para todo o estado. Com isso, todos os municípios paranaenses passaram a ser considerados como áreas em que a vacina contra febre amarela deve ser aplicada em quem tem idade entre 9 meses e 59 anos.

As unidades básicas de saúde estão fazendo imunizações diárias para toda a população que ainda não tomou a dose.

A Organização Mundial da Saúde – OMS emitiu alerta no início dessa semana para possível terceira onda de surto de febre amarela no Brasil.

Com pelo menos 36 casos de febre amarela confirmados em humanos no período entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano, o país registra ainda, segundo a entidade, oito mortes confirmadas por febre amarela no mesmo período.

Os casos se concentram em 11 municípios de dois estados, em São Paulo e no Paraná.  

Ainda de acordo com a OMS, entre os casos confirmados em humanos, 89% deles foram identificados em homens com média de idade de 43 anos e pelo menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais.

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