O médico que recusou atestado para uma mulher com o filho pequeno doente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do jardim Tupi, em Cambé, poderá ser processado. Ela contratou um advogado para acompanhar o caso e, se possível, preparar uma ação de reparação de danos.

O advogado contratado, Hércules Augusto Chiararia, enviou ofícios nesta quarta-feira (22) para o Cismepar e à Prefeitura de Cambé pedindo os dados do clínico-geral. No documento, o qual a reportagem da CBN teve acesso, o advogado solicita as seguintes informações: nome completo, número de registro no Conselho Regional de Medicina e ficha funcional do médico; regime de contratação e nome da empresa terceirizada responsável pelo profissional; documentos que autorizem a prestação de serviço na UPA; e descrição detalhada da sindicância aberta pelo poder público para apurar o caso.

O advogado disse que, assim que tiver acesso aos dados, vai analisar a melhor forma para a apresentação da possível ação judicial.

O que também deve ajudar o advogado a formular o processo é o vídeo feito pela mulher da conversa que ela teve com o médico na unidade de saúde. Na gravação, ela fica indignada depois de ter o atestado recusado. O clínico-geral também aparece dizendo para ela deixar o menino, de apenas 5 anos de idade, sozinho em casa.

O médico foi afastado das funções até o dia 30 de junho.