O PPS, PSC e PSD protocolaram nesta terça-feira um pedido para abertura de Comissão Processante contra o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, em razão das irregularidades encontradas pelo Ministério Público no IPTU do condomínio onde o representante do Executivo mora, na zona sul da cidade, e na falta de pagamento da taxa de lixo. Belinati negocia a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta, o popular TAC, para minimizar os efeitos negativos das incorreções apontadas pelo promotor Renato de Lima Castro. Segundo o acordo, o prefeito deverá pagar uma multa de R$ 130 mil, além de outras exigências.

Na visão do MP, o imposto lançado sobre o empreendimento onde Belinati reside com a família veio bem abaixo do valor cobrado. Além disso, os técnicos da Secretaria de Fazenda não avaliaram cada uma das 55 residências para identificar o tributo. Outro ponto que instigou o promotor responsável pelo caso foi o de um terreno pertencente à Dante Belinati, primo de Marcelo. Ele é dono de uma área na avenida Saul Elkind. O problema é que um servidor aposentado da prefeitura, proprietário de um loteamento ao lado do espaço do parente do prefeito, reclamou que o IPTU dele veio bem acima.

Belinati classificou os casos como conseqüência de um erro de digitação da pasta da Fazenda. De acordo com o presidente municipal do PSD, Christian Schneider, que gerenciou a Sercomtel na gestão de Alexandre Kireeff, há três fatos que explicam a infração político-administrativa do prefeito.

O pedido será analisado nesta quinta-feira pela Mesa Executiva da Câmara. As legendas que propuseram a CP têm quatro vereadores na atual legislatura. São eles: Felipe Prochet e Júnior Santos Rosa, do PSD, Daniele Ziober, do PPS, e o próprio líder de Belinati, Péricles Deliberador, PSC.

Schneider desconversou quando questionado se as siglas teriam força política para implantar a comissão no Legislativo.

O ex-vereador Emerson Petriv, o Boca Aberta, que atualmente é monitorado por uma tornozeleira eletrônica, também quer uma investigação contra Belinati. O caso é analisado pela Procuradoria Jurídica da Casa. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da prefeitura não se manifestou sobre o posicionamento dos partidos.