O nível de endividamento no Paraná caiu em março, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Fecomércio. O levantamento mostra que 85% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida em março. Número mais baixo que os quase 87% registrados em fevereiro e também menor que o de março do ano passado, de 85,6%.

Na contramão dos dados paranaenses, o endividamento nacional, historicamente mais baixo, ficou em pouco mais de 61% e mostrou estabilidade na comparação com fevereiro, mas apresentou leve piora em relação a março de 2017, que foi de 60,8%.

Segundo a coordenadora de Pesquisas da Fecomércio, Priscila Andrade, qualquer redução nos índices de endividamento, mesmo que pequena, significa que o consumidor está começando a respirar, depois de um mês de fevereiro cheio de despesas extras.

O número de paranaenses com contas atrasadas também caiu. O índice que foi de 29% em fevereiro passou para 26,7% em março. O número de consumidores do estado sem condições de pagar as dívidas apresentou redução também, de pouco mais de 11% em fevereiro, ficou em 10% no mês passado.

E o cartão de crédito continua sendo o principal motivo de endividamento dos consumidores. O chamado dinheiro de plástico foi responsável por 71% das dívidas do mês de março. Um perigo para boa parte das pessoas.

Priscila Andrade afirma que o financiamento de veículos ficou em segundo lugar, com 10%, e logo depois aparece o financiamento imobiliário, com 9,1%, em grande parte pela redução das taxas de juros e a maior oferta de crédito.

A pesquisa também mostrou que quase 90% das dívidas dos consumidores paranaenses estão concentradas nas famílias de maior poder aquisitivo. Nas classes C, D e E, o nível de endividamento em março ficou em 84%. Em fevereiro era 86%.