QUINTA, 07/10/2021, 16:55

Piso tátil instalado no entorno do Bosque Central tem uma árvore no meio do caminho

Instituto que representa os deficientes visuais em Londrina questiona questões de acessibilidade das obras de revitalização da área, que teve a entrega adiada pela quarta vez. Prefeitura lembra que o serviço ainda não acabou, e garante que pontos criticados passarão por correções.

A "novela" envolvendo as obras de revitalização do Bosque Central também tem causado polêmica entre as pessoas com deficiência. A reclamação é contra a falta de acessibilidade. O ponto que mais chama a atenção é o relacionado ao piso tátil que está sendo implantado no entorno da área. Boa parte dele ainda não foi feita, e o que já saiu do papel tem uma árvore no meio do caminho. O piso diferenciado, essencial para a locomoção dos deficientes visuais, vai da faixa elevada erguida na avenida Rio de Janeiro até a região da Concha Acústica, sendo que a espécie de pequeno porte obstrui a passagem na calçada do outro lado da via, nas proximidades da agência dos Correios.

O diretor pedagógico do Instituto Roberto Miranda, que representa os deficientes visuais na cidade, Marcio Rafael da Silva, disse que, normalmente, o piso tátil só é implantado por causa da legislação que obriga o poder público a mantê-lo nas vias, e não levando em conta o benefício que o equipamento pode trazer a quem precisa dele para se locomover. Em boa parte das vezes, de acordo com ele, a opinião da pessoa com deficiência visual, por meio das associações que a representa, é simplemente ignorada durante a elaboração dos projetos.

Procurado pela CBN, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, lembrou que os serviços ainda não foram finalizados no Bosque Central, e garantiu que os pontos criticados passarão por correção.

Canhada esteve no Bosque na manhã desta quinta-feira (7) fazendo uma vistoria nas obras, que tiveram a entrega adiada pela quarta vez a pedido da empresa responsável pelos trabalhos. A terceirizada solicitou mais 17 dias para finalizar o serviço, mas a prefeitura ainda analisa se vai ou não conceder o novo aditivo. O secretário de Planejamento reiterou que a empresa pode ser punida por conta dos atrasos, e destacou que as obras só serão entregues depois de serem completamente concluídas.

Por Guilherme Batista

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