A Polícia Federal de Londrina desencadeou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Infância Protegida, voltada ao enfrentamento de crimes relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes. A investigação faz parte de um esforço para identificar e responsabilizar envolvidos na produção, armazenamento e distribuição de material contendo violência sexual infantil, prática considerada crime hediondo pela legislação brasileira.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um em Londrina e outro em Rolândia. Os alvos são um homem de 36 anos, casado e empregado em uma fábrica de Rolândia, e outro de 59 anos, também casado, autônomo e morador de Londrina. Nenhum deles possuía antecedentes criminais.

Durante a ação, a Polícia Federal apreendeu celulares e discos rígidos, que passarão por perícia técnica. Além do crime de armazenamento, também serão apurados indícios de aliciamento, produção e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. A pena para quem possui, adquire ou armazena fotos e vídeos dessa natureza varia de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.

Apesar de a legislação ainda empregar o termo “pornografia infantil” (art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990), a comunidade internacional tem reforçado a necessidade de utilizar expressões como “abuso sexual” ou “violência sexual contra crianças e adolescentes”. A mudança de nomenclatura busca evidenciar a gravidade e a violência implícita nesses crimes, afastando qualquer conotação equivocada de entretenimento.