O delegado titular da Divisão Estadual de Combate a Corrupção (Deccor), Alan Flore enviou um ofício à Sercomtel Iluminação com pedido de informações sobre o processo de licitação do serviço de iluminação pública em Londrina.  Ele explica que a intenção é analisar o contrato da Energepar com a empresa londrinense. Isso por que a Energepar está sendo investigada em Foz do Iguaçu, pela Operação Luz Oculta, que investiga possíveis fraudes em licitações e superfaturamento nos contratos. Na semana passada, a polícia cumpriu 25 mandados de busca e apreensão em Foz e outras cidades do Paraná.

Na investigação de Foz do Iguaçu, são apurados possíveis crimes referentes ao processo licitatório, que teve por objeto a execução de melhorias no sistema de iluminação pública, incluindo o fornecimento de materiais, e que gerou um contrato no valor de R$ 10 milhões. Apenas uma empresa foi habilitada, havendo indícios, segundo o Ministério Público (MP), de favorecimento a partir de exigências do edital. Flore destaca que a apuração dos fatos em Londrina está no início e ainda não se tem os detalhes das informações sobre os contratos firmados entre as duas empresas.

A Sercomtel Iluminação é contratada pela prefeitura de Londrina para fazer os serviços de iluminação pública na cidade. De acordo com a assessoria de imprensa, todos os fornecedores são contratados por processo licitatório. Ainda de acordo com a assessoria, foram feitos dois contratos com a Energepar por meio de licitação. Um deles, na modalidade técnica e preço para fornecimento de material (braços e luminárias) em dezembro de 2017 e o outro, por pregão. Esse mais recente, de outubro de 2019, era para a execução de mão de obra. De acordo com a Sercomtel Iluminação, todos os contratos foram executados e não apresentaram problemas.