Os cerca de 30 criminosos responsáveis por uma tentativa de assalto cinematográfica a uma empresa de transporte de valores de Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, durante a madrugada desta segunda-feira (18), continuam sendo procurados pela polícia. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) montou uma verdadeira operação para tentar localizar e prender os assaltantes, que sitiaram a cidade e fizeram moradores reféns durante a ação criminosa. O grupo, armado com fuzis e outras armas de grosso calibre, também incendiou veículos e, na fuga, trocou tiros com a polícia. Quatros PMs foram baleados no tiroteio, sendo que um deles segue internado em estado grave no hospital.

A força-tarefa conta com a participação de equipes policiais de todo o estado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, mais de 250 agentes estão sendo utilizados nos trabalhos, além de dezenas de viaturas e três helicópteros. O Exército também enviou um tanque blindado para dar apoio e reforçar o patrulhamento. Policiais da Companhia de Choque do 5º Batalhão da PM, em Londrina, foram ainda pela manhã para a região de Guarapuava reforçar o efetivo, que está sendo coordenado pelo comando-geral da PM no Paraná. Os criminosos se acidentaram enquanto tentavam escapar e, depois do tiroteio com a polícia, se separaram para continuar fugindo.

Há a suspeita de que parte deles teria seguido com a fuga em direção ao norte do estado. De acordo com a Sesp, alertas já foram emitidos junto às autoridades policiais de Londrina e Maringá. As polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF) também participam dos trabalhos monitorando a movimentação de veículos nas rodovias.

À CBN, o comandante do 5º Batalhão da PM, tenente-coronel Nelson Villa Junior, ressaltou a importância do trabalho integrado da polícia, e garantiu que as equipes estão preparadas para agir assim que for necessário.

O comandante-geral da Polícia Militar no estado, coronel Hudson Teixeira, disse que a ação criminosa em Guarapuava foi bem semelhante aos ataques registrados nas cidades de Criciúma, em Santa Catarina, e de Araçatuba, no interior de São Paulo, no ano passado, e que, desde o registro dessas situações, o setor de inteligência da polícia trabalhava com a possibilidade de o grupo também atacar uma cidade paranaense, o que aconteceu. Só que diferentemente dos dois primeiros episódios, segundo o comandante, a PM paranaense conseguiu fazer frente aos criminosos e, consequentemente, evitar que o roubo fosse executado.