TERCA, 12/07/2016, 19:41

Policiais militares que teriam participado de chacina também são acusados de matar carroceiro em Londrina

Justiça acolheu pedido do Ministério Público e determinou a prisão de quatro PMs. Advogado do grupo diz que as detenções não têm fundamento legal.

A juíza da 1º Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Khater, expediu novos mandados de prisão contra quatro policiais militares e um publicitário que já estavam presos por suspeita de participação na chacina ocorrida na cidade em janeiro deste ano. Naquela ocasião, 11 pessoas foram mortas logo após o assassinato do PM Cristiano Luiz Botino. A nova ordem de detenção é relativa a um caso ocorrido quase dois meses após a série de homicídios, quando, durante uma abordagem dos policiais, um carroceiro foi morto a tiros próximo ao distrito da Warta. O promotor de justiça responsável pela denúncia, Ricardo Domingues, contou que pesam contra o grupo as acusações de homicídio qualificado, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.

Segundo o Ministério Público, os policiais militares plantaram uma pistola 380 no local da morte do carroceiro para tentar simular um confronto. Ainda conforme o MP, o publicitário foi responsável por guardar a arma, que, como afirmou o promotor, já havia sido utilizada na chacina.

Já o advogado dos quatro PMs, Claudio Dalledone Junior, informou que acionou o Tribunal de Justiça do Paraná para tentar soltar os clientes por meio de habeas corpus. Para o defensor, as detenções não têm fundamento legal.

Nossa reportagem não conseguiu localizar o advogado do publicitário até o fechamento da matéria. Os outros dois policiais presos em maio por possível ligação com a chacina se encontram em liberdade. Um deles obteve em junho um habeas corpus do Tribunal de Justiça do Paraná. O segundo foi denunciado pelo Ministério Público por fraude processual no caso do carroceiro, mas não teve pedido de detenção contra ele e conseguiu liberdade na última semana porque venceu o prazo de sua prisão temporária.

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