Com  a assinatura do Termo de Compromisso entre a Secretaria Municipal de Politicas para as Mulheres e a Universidade Estadual de Londrina, o Laboratório de Estudos de Feminicídios da universidade, o LESFEM, vai desenvolver o projeto de extensão “Feminicídios: Prevenção e Enfrentamento no Estado do Paraná, com ações de combate ao assassinato de mulheres.

Entre as responsabilidades da Secretaria no convênio, o auxílio na formação prática dos integrantes do projeto de extensão, a inserção deles nos serviços de atendimento, o apoio no enfrentamento ao feminicídio e a realização de cursos, palestras e eventos sobre prevenção da violência contra meninas e mulheres.

A secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy, avalia que a parceria é extremamente importante, por conta da experiência acadêmica e do compromisso do LESFEM em ações e projetos de combate e prevenção ao feminicídio.

Já o Laboratório de Estudos de Feminicídios da UEL, será responsável pelo atendimento às mulheres, por ações educativas e pelo desenvolvimento de um portal com informações sobre redes e serviços para casos de violência de gênero.

A socióloga Silvana Mariano, coordenadora do LESFEM e também fundadora e integrante de Néias, o Observatório de Feiminicídios de Londrina, conta que, além do projeto de extensão em parceria com a Prefeitura, o laboratório também fechou um convênio com o Governo do Estado e o Programa Universidade Sem Fronteiras, que devem representar uma nova fase na história do LESFEM.

Além de Londrina, o projeto também vai atuar em outros seis municípios da região. A ideia é formar núcleos locais que estejam focados em identificar situações de discriminação e violência contra a mulher para agir preventivamente.

Um relatório recente do Lesfem, mostrou que o Paraná é o terceiro estado do país com mais casos de feminicídios. Para se ter uma ideia do tamanho do problema em Londrina, entre 2021 e 2022 foram 23 casos registrados na cidade e até 30 de junho de 2023, o município já contabilizou sete ocorrências do crime.

Com a colaboração do estagiário Guilherme Prado.