Os números da produção industrial paranaense, divulgados pelo IBGE, apontam para uma recuperação lenta das perdas registradas nos últimos anos. Em relação a janeiro, a alta foi de pouco mais de 1%, valor maior que a média nacional, de 0,7%. Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento da produção industrial paranaense foi ainda melhor e bem superior aos 2% da média nacional. Por aqui ela foi de quase 11%. O estado foi o segundo do país onde o indicador mais cresceu entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês de 2019.

No acumulado do primeiro bimestre, o aumento foi de pouco mais de 10% em relação aos primeiros dois meses meses de 2018. O economista Evânio Felippe, da Fiep, avalia que os bons números por dois meses consecutivos, apesar dos anos seguidos de crise e de um 2018 atípico, com greve dos caminhoneiros e cenário eleitoral indefinido, são muito positivos e mostram a força da atividade industrial do estado.

Mas, o economista alerta que mesmo com os bons números, as perdas registradas nos últimos quatro anos só devem ser recuperadas se o crescimento desse primeiro bimestre se mantiver até o fim do ano.

Para o economista da Fiep, o resultado do bimestre é ainda mais relevante quando comparado ao resto do país, que registrou uma queda média de 0,2%. O estado vem apresentando também resultados melhores que os vizinhos, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Evânio Felippe explica que as atividades que mais influenciaram no crescimento da produção industrial do estado nos últimos doze meses foram o setor automotivo, o de alimentos e de petróleo. No setor de alimentos, as principais altas foram registradas na produção de carnes, rações e chocolates.

Já os setores de madeira e produtos químicos foram os que tiveram menor participação no resultado da indústria paranaense. O número de postos de trabalho no estado também cresceu no embalo dos bons números da produção. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, mostram que a indústria do Paraná criou pouco mais de 7.600 novos postos de trabalho no primeiro bimestre do ano. Resultado 11,5% maior do que o registrado nos dois primeiros meses de 2018.