QUINTA, 09/07/2020, 16:19

Produção industrial paranaense tem maior crescimento do país em maio

Apesar de dado positivo, Fiep avalia que situação ainda é preocupante por conta da queda de 18% na produção nos últimos 12 meses

O desempenho da indústria nos estados, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, mostra que no Paraná o setor registrou o maior crescimento do país em maio, pouco mais de 24% em relação a abril. O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe, avalia que o desempenho da indústria paranaense no mês não deixa de ser uma boa notícia para o segmento, que teve diversos setores paralisados totalmente e foi fortemente afetado pelas medidas de isolamento do início da pandemia.

O economista da Fiep avalia que ainda é cedo para afirmar que este crescimento aponta para uma recuperação da indústria, já que os resultados em relação a maio do ano passado ainda são negativos.

De acordo com a Fiep, quando comparado maio deste ano com o mesmo mês de 2019, o resultado do Paraná preocupa, apesar da queda da produção industrial ter ficado abaixo da média nacional. Por aqui, a retração foi de pouco mais de 18%, enquanto no Brasil, chegou a quase 22%.

No acumulado de janeiro a maio, o estado registrou uma queda de quase 9% na produção industrial em relação ao mesmo período de 2019, enquanto no país chegou 11%. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, as quedas foram de 15% e 17%, respectivamente.

Evânio Felippe afirma que os dois números, do acumulado do ano e de maio, revelam que ainda não chegamos ao tão esperado momento de retomada da economia.

Apesar das paralisações quase que totais em alguns segmentos e da queda na produção, teve setor que registrou crescimento. Um exemplo é a indústria de alimentação, responsável por cerca de 30% da atividade do segmento no estado e que teve aumento de quase 7% na produção agora em 2020.

O economista da Fiep acredita que o desempenho da indústria até o fim do ano vai depender da rigidez das medidas de isolamento social em cada região do estado. Para Evânio Felippe, os indicadores, apesar de ainda negativos, revelam uma desaceleração da queda na produção industrial.

Por outro lado, o maior exemplo do impacto da crise gerada pela pandemia na indústria, mostram os números, é o setor automotivo, um dos mais importantes do estado, que teve uma retração acumulada, de janeiro a maio, de mais de 38%.

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