A demissão do engenheiro civil foi publicada no Jornal Oficial do Município. Servidor de carreira da Prefeitura por 25 anos, Ossamu Kaminagakura foi diretor de Loteamentos da secretaria de Obras. O engenheiro estava afastado do cargo desde janeiro, quando foi deflagrada a operação do Gaeco. Kaminagakura respondeu uma sindicância e um Processo Administrativo Disciplinar e foi demitido por conduta incompatível com a função pública. Os dois procedimentos foram conduzidos pela Corregedoria-Geral do Município.

O Corregedor Geral, Alexandre Trannin, explica que o PAD concluiu que o engenheiro exigiu contrapartidas menores em três empreendimentos residenciais aprovados por ele, apesar de valores diferentes apontados pela secretaria de Educação.

Antes da demissão, a defesa do engenheiro entrou com um pedido de aposentadoria, que foi negado pela justiça. Kaminagakura também foi denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu na operação ZR-3, que apura um suposto esquema de corrupção para mudanças de zoneamento na cidade.

Kaminagakura, que tinha um salário bruto de pouco mais de R$ 14 mil, chegou a ser preso em março, mas foi solto logo depois. Não conseguimos contato com a defesa do enghenheiro.