Revitalização do aterro do Lago Igapó, em Londrina, pode ficar 40% mais cara
Empresa responsável encaminhou ofício à prefeitura pedindo R$ 438 mil a mais para a continuidade do serviço, que, pelo contrato, teria que ser concluído no mês que vem. Mas, até o momento, menos da metade da obra foi executada.
A revitalização do Lago Igapó é mais uma obra pública de Londrina marcada por atrasos e pedidos de reequilíbrio financeiro por parte da empresa responsável. A construtora Urban Green, à frente do serviço desde agosto do ano passado, encaminhou à prefeitura um ofício solicitando que o contrato original, orçado em R$ 1,2 milhão, seja incrementado em R$ 438 mil. Ou seja, a empresa quer 40% a mais do valor oferecido por ela própria durante o processo de licitação. Para justificar o pedido de aditivo, a terceirizada argumentou que a pandemia de coronavírus continua impactando no setor produtivo, e que tem enfrentado dificuldades para adquirir certos materiais usados nos trabalhos. Por conta da alta do dólar, segundo a empresa, itens específicos tiveram aumento de mais de 20% nos últimos meses. A construtora também pede para que a prefeitura inclua no contrato serviços que não estavam previstos, como o que envolve a colocação de estacas pré-moldadas de concreto.
A solicitação foi feita pela empresa na última semana e, atualmente, passa por análise nas secretarias de Obras e de Gestão Pública. Nós procuramos o secretário de Obras, João Verçosa, nesta terça-feira (17), para saber se o município vai ou não acatar o pedido, mas ainda não obtivemos retorno. Também entramos em contato com o secretário de Planejamento, Marcelo Canhada, que informou apenas que a análise é técnica.
Ele também foi questionado sobre o atraso na execução do serviço, que, pelo cronograma original, teria que ser entregue no início do mês que vem. Apesar disso, até o momento, menos da metade da obra foi executada pela empresa. Ou seja, muito possivelmente a prefeitura vai precisar conceder um aditivo de prazo dando mais tempo para que a revitalização seja finalizada. Em relação ao atraso, Canhada afirmou que o andamento da obra foi impactado diretamente pelas chuvas, lembrando, inclusive, que o local foi completamente inundado durante temporais em outubro e novembro do ano passado.
A revitalização do aterro prevê a construção de calçadas, instalação de mobiliários urbanos, como assentos e floreiras, pista de caminhada, rampas e outros instrumentos de acessibilidade, substituição de pontes e iluminação em LED.
A reforma do aterro do lago Igapó foi orçada em R$ 1,2 milhão. Caso o pedido da empresa seja concedido, o valor total a ser investido pode chegar a R$ 1,6 milhão. Ainda não há prazo definido para a conclusão das obras.