A programação tem como foco 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, e é uma parceria da secretaria de Saúde com a Comissão Permanente de DST/Aids do Conselho Municipal de Saúde, e a Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids.

O evento inclui mesas de debate, palestras, panfletagem e intervenções artísticas e contam com a participação da UEL e do Núcleo de Redução de Danos da Diretoria de Serviços Complementares de Saúde da Secretaria. E os números da AIDS aqui na cidade em 2018 acenderam o sinal de alerta entre técnicos e profissionais da área, já que houve um aumento de cerca de 30% do número de pacientes diagnosticados com o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Do início do ano até outubro, foram diagnosticados 157 casos de pessoas contaminadas por HIV em Londrina. No ano passado, foram 106. Dos 157 casos positivos de 2018, 131 são homens e 26 mulheres, e a faixa etária com maior incidência é de 20 a 29 anos.  E por causa desses números, o público jovem é o foco da programação. O aumento nos registros da doença ocorreu em todo o país e se transformou numa preocupação dos profissionais de saúde, afirma a cirurgiã-dentista do Centro de Referência Bruno Piancastelli Filho, e Mestre em Doenças Sexualmente Transmissíveis, Lazara Regina de Rezende.

Nesta quarta-feira, no horário do almoço vai ter panfletagem com orientações sobre redução de danos e prevenção ao HIV, além de distribuição de preservativos no Restaurante Universitário da UEL. Na sexta-feira, tem Batalha de Rimas, e a improvisação do hip-hop. Programação intensa para tentar sensibilizar o público dos 20 aos 29 anos, explica Lazara Rezende.

Na quinta-feira, a programação segue com a Orquestra Sinfônica da UEL, que faz uma apresentação especial no Cine Teatro Ouro Verde. Ainda na quinta-feira, tem palestra sobre o tema “Aids e Saúde Mental no Contexto Atual”, no Instituto Kaliman. A palestra também irá incluir uma homenagem ao ativista Edson Facundo. Conhecido como “Tiba”, ele faleceu em junho passado, aos 55 anos, cerca de 20 anos após ser diagnosticado com HIV.

Londrina é uma das participantes do Programa Nacional de DST/AIDS, que tem como objetivo principal atingir a meta tríplice 90-90-90, que consiste em diagnosticar 90% de todas as pessoas que vivem com HIV; conceder o tratamento antirretroviral a 90% das pessoas com infecção pelo vírus; e que 90% de todas as pessoas recebendo a terapia antirretroviral tenham a chamada supressão viral. O prazo para atingir todas estas três metas é o ano de 2020.