O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, admitiu em entrevista à CBN que o poder público enfrenta muitas dificuldades para comprar o medicamento Clopixol, destinado para o tratamento de pessoas que têm esquizofrenia. Desde 2017, os estoques do município têm sofrido com desabastecimentos pontuais, o que complica e muito a vida de pacientes e seus familiares.

Machado afirma que, sempre quanto abre um processo de licitação para comprar o medicamento, nenhuma empresa fabricante se interessa. A solução para este impasse, conforme ele, pode ser o lançamento da chamada dispensa de licitação, o que autorizaria o município a firmar acordo com alguma empresa do setor de forma direta, sem a necessidade de uma concorrência pública. Enquanto isso, conforme o secretário, o município vai analisar a possibilidade de substituir o medicamento em falta por outro e, assim, continuar com o tratamento dos pacientes.

A falta de medicamento foi informada à CBN pela aposentada Jair Cardoso. Ela tem um filho de 40 anos que é esquizofrênico e depende do remédio. A ouvinte conta que o homem fica fora de controle quando não toma a injeção. Ela diz que são duas ampolas mensais, e que a vida dela vira um pesadelo quando o filho não está medicado.